sexta-feira, 9 de março de 2012

O Nosso Universo

A Astronomia, a mais antiga das ciências, tem nos mostrado que o Universo é constituído de galáxias, estrelas, planetas e inúmeros outros astros. Na definição do astrônomo Ronaldo de Freitas Mourão, “o universo é a matéria que o contém.”
A origem do Universo
Via Lactea

Hoje a Teoria mais aceita para a origem, do Universo é a do big-bang, divulgada em 1948 pelo astrofísico norte-americano George Gamow. Segundo essa Teoria, há cerca de 15 bilhões de anos, toda matéria então existente achava-se condensada em um único átomo (átomo-primitivo),
extremamente denso e quente, o qual teria sofrido uma grande explosão.
Desde então o universo encontra-se em permanente expansão, com as galáxias se afastando umas das outras a velocidades espantosas.
Resta uma outra pergunta: o universo se expandirá para sempre (Universo aberto) ou em um dado instante, daqui a bilhões de anos, ele se retrairá? (Universo fechado).
E se o Universo implodir não poderá novamente explodir dando origem a um novo Universo?
Uma galáxia que se afasta a uma determinada velocidade, poderá afastar-se para sempre ou começar a diminuir essa velocidade e se aproximar; tudo vai depender do campo de atração gravitacional do restante do universo. Se houver matéria suficiente, o Universo começará um dia a se contrair; ao contrário, se não houver, sua expansão se dará para sempre.

As Galáxias

Constituem grandes agrupamentos de estrelas, planetas, gases, nebulosas e poeira cósmica, formando a massa fundamental do Universo.
Existem milhões de galáxias, entre elas a Via-Láctea (caminho do leite) onde se encontra a Terra e o sistema solar.




Numa noite límpica e de preferência sem luar, olhe para o céu e observe a Via-Láctea. Mas use os olhos e a imaginação, e procure desvendar todos os mistérios deste caminho das estrelas.”

AS ESTRELAS

São imensos corpos gasosos, de forma aproximadamente esférica, apresentando pressões e temperaturas altíssimas em seu interior. Através de reações termonucleares (fusão de hidrogênio em hélio) nas partes mais internas, as estrelas liberam enormes quantidades de energia que se propaga para a sua periferia, atingindo o espaço sob a forma de radiações eletromagnéticas. Por emitirem radiações luminosas, as estrelas são astros luminosos, diferenciando-se uma das outras pelo seu brilho, o que nos leva a classificá-las de acordo com a sua grandeza e magnitude. A magnitude das estrelas vai de primeira a vigésima sétima grandeza.


O SOL

É a estrela que comanda nosso sistema solar, sendo nossa fonte de luz, sem a qual não haveria condições para a vida no planeta. Com uma massa de 333 mil vezes maior que a massa da Terra e um volume de 1 milhão e 300 mil vezes maior que o volume de nosso planeta, o Sol é uma estrela de 5º grandeza  e de meia idade, tendo se formado há cerca de 5 bilhões de anos. Em sua composição encontramos 75% de hidrogênio, 23% de Hélio e 2% de outros elementos químicos, estando distante da Terra cerca de 149,5 milhões de Km (distância média), sendo a estrela mais próxima de nós. Sua temperatura vai de 6000ºC em sua superfície e alguns milhões de graus na parte exterior de sua atmosfera, até 20 milhões de graus em seu núcleo.
Sua luz leva cerca de 8,6 minutos para chegar até a Terra e a emissão de partículas eletromagnéticas é responsável por efeitos visuais no espaço, como a cauda de cometas e as auroras boreais.

Saiba mais sobre o sol



Coroa solar
É a parte mais exterior da atmosfera solar, constituída por gases de altíssimas temperaturas, ao redor de 2 milhões de graus. Estende-se desde uns 16.00 km sobre a fotosfera ( superfície visível do sol) até quarenta milhões de quilômetros mais acima. Trata-se de uma verdadeira atmosfera fervente , que se estende na direção radial dando vida a esse fluxo de partículas, chamado de vento solar, que inunda todo o espaço interplanetário. A coroa torna-se visível a olho nu durante os eclipses totais do sol , aparecendo como uma sugestiva luminosidade de cor branco-pérola ao redor do disco do sol oculto pela lua.


Flare solar
Aumento imprevisto da luminosidade da cromosfera solar

Cromosfera

É uma camada de aproximadamente 16.000 km. Que se estende por cima da superfície visível do sol, ou fotosfera, e está limitada superiormente pela atmosfera solar ou coroa. Não se pode ver em condições normais por causa da débil luz que emite e só se evidencia durante os eclipses do sol, ou com um instrumento apropriado chamado coronógrafo.
As temperaturas da cromosfera variam aproximadamente de 6.000°c, no ponto em que limita com a subjacente fotosfera, a mais de 1.000.000°c nas camadas superiores que limitam com a coroa solar.
A cromosfera é uma camada homogênea, revela uma estrutura como uma selva de línguas de luzes similares a chamas (as chamadas espículas); seu nome é devido à luz rosada e vermelha emitida pelos átomos de hidrogênio que a compõem.

Halo solar
Consiste em um arco ou uma circunferência luminosa que se produz ao redor do sol, quando a luz deste astro experimenta um fenômeno de refração por parte de cristais de gelo em suspensão na troposfera. Os halos têm habitualmente um raio de aproximadamente 22 graus e apresentam na borda interior um coração vermelho.


Manchas solares
São regiões de fotosfera solar que aparecem mais escuras com relação às zonas circundantes devido à temperatura mais baixa que as caracteriza. A fotosfera tem, em média, uma temperatura de uns 6.000°c, as manchas têm uma temperatura de aproximadamente 1.000 °c a menos.
Do ponto de vista físico, considerando-se que as manchas são regiões nas que os movimentos convectivos normais dos gases que formam a fotosfera são presos por potentes campos magnéticos. As manchas solares são facilmente visíveis para o amador, mesmo com um modesto telescópio, quer seja com o método da projeção, recebendo a imagem em uma tela branca situada alem do ocular, ou com o método direto, depois de ter colocado um filtro. Observadas com meio aumento, mostram uma estrutura que consiste numa zona mais escura, que é chamada sombra, rodeada por uma zona periférica mais clara chamada de penumbra. As dimensões de uma mancha são muito variáveis: vão de um mínimo de 1.500km.( neste caso as manchas também se denominam  poros), a um máximo de 150.000 km. As manchas, que aparecem em grupos, são mais ou menos freqüentes segundo um ciclo de onze anos de atividade solar.

Vento solar
Trata-se de um fluxo continuo de partículas carregadas, emitido pelo sol, em todas as direções. Está composto em particular por prótons, núcleos de hidrogênio, elétrons e, em menor percentagem, por partículas alfa (núcleos de hélio) o vento solar pode ser considerado como a parte mais exterior da coroa solar, que é expulsa violentamente para o espaço interplanetário pelos processos energéticos em atividade nas regiões subjacentes do sol.





Supernova

É uma estrela que explode e lança ao seu redor a maior parte de sua massa a altíssimas velocidades.
Depois deste fenômeno explosivo se podem produzir dois casos: ou a estrela é completamente destruída, ou permanece seu núcleo central que, pro sua vez, entra em colapso, dando vida a um objeto maciço como uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. O fenômeno da explosão de uma supernova é similar  ao da explosão de uma nova, mas com uma diferença que ,  no primeiro caso, as energias em jogo são um milhão de vezes superiores.

Nova


É uma estrela imprevistamente envolvida num processo explosivo que aumenta sua luminosidade  em vários milhares de vezes em poucas horas. Por efeito deste fenômeno, o observador terrestre vê acender-se uma estrela onde não havia nada, ou vê aumentar o brilho de uma pequena estrela que era antes quase imperceptível. Os antigos astrônomos, pensando que se tratasse do nascimento de uma estrela, chamaram estes astros de estrelas novas ou nova.

Buraco Negro
Um buraco negro se origina quando a velocidade de escape de um corpo equivale à velocidade da luz. Um corpo com a massa do Sol e com um raio de 2,5 quilômetros. Os buracos negros são possíveis pontos finais na evolução de uma estrela: é interessante notar que, enquanto as estrelas são grandes fontes energéticas do Universo, os buracos negros constituem verdadeiros redemoinhos energéticos, pois suas atrações gravitacionais são incomensuráveis, podendo até atrair e desviar raios luminosos.
A formação dos corpos celestes, aos quais dá-se a denominação de buracos negros, é resultada a partir da perda do equilíbrio do núcleo das estrelas. Desta forma, uma grande compressão gravitacional é gerada, constituindo o fator responsável pelo esmagamento da matéria destes corpos celestes. Um grande desafio para a ciência reside no fato do total "desaparecimento" da matéria atraída pelos buracos negros. Tais corpos celestes possuem a maior atração gravitacional entre todos os corpos celestes encontrados no Universo. A atração gravitacional dos buracos negros é de tal magnitude que até os feixes luminosos incididos nas suas proximidades são obrigados à propagação curvilínea. Portanto, sabendo-se que os raios luminosos propagam-se em linha reta, os buracos negros são responsáveis pela "quebra" de uma das leis da Física que regem nosso Universo.
Fonte: Enciclopédia Digital

O SISTEMA SOLAR

Situado  a cerca de 33.000 anos-luz do centro da Via-Láctea, o sistema solar é formado pelo Sol e um conjunto de inúmeros outros astros que orbitam ao seu redor: cometas, asteróides, meteoros, planetas com seus satélites, além de gases e poeira cósmica. É importante lembrar que todos esses astros não se movimentam aleatoriamente no espaço, muito pelo contrário, eles formam uma unidade física, que é mantida pela atração de seus campos gravitacionais.

IMPORTANTE – todo o sistema solar se desloca através do espaço em direção a estrela Vega, da constelação de Lira, a uma velocidade de 16 km por segundo.

O ANO-LUZ
É uma unidade de medida utilizada para calcular grandes distâncias no espaço cósmico. Sabendo-se que a velocidade da luz é de 300 000 km por segundo, podemos definir um ano-luz como sendo a distância percorrida pela luz em um ano, ou seja, cerca de 9,5 trilhões de km.

Saiba que....
A estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, é ALFA-CENTAURO, distante cerca de 4,2  ano-luz. Já a galáxia de ANDRÔMEDA, “vizinha” da Via-Láctea, encontra-se a cerca de 2.000.000 de anos-luz da Terra.



OS COMETAS

Constituem grandes aglomerados de fragmentos rochosos envoltos em gelo e gases se evaporam sob o efeito do calor solar. Suas órbitas podem ser elípticas (voltam a se aproximar do Sol e da Terra de tempos em tempos) parabólicas e hiperbólicas (não retornam às proximidades do Sol, atingindo seu periélio apenas uma vez, para depois sair do sistema solar).
Os cometas são constituídos de três partes principais:
-          Núcleo: composto de gases congelados e partículas sólidas.
-          Cabeleira ou coma: envoltório gasoso que se forma à medida em que os cometas se aproximam do Sol.
Cauda : rastro brilhante deixado pelos cometas ao ser iluminado pelo Sol. A cauda é formada pelos gases  que compõem a cabeleira e apontam sempre para a posição oposta ao Sol.
-          Isto ocorre devido a interferência da radiação solar ( vento ou poeira solar).

A ORIGEM DOS COMETAS

Pouco se sabe sobre a origem e o destino dos cometas. Uma das hipóteses é que se originaram de uma espécie de “nuvem”, que seria restos de nebulosa primitiva que deu origem ao nosso sistema solar.  Essa “nuvem” de cometas estaria localizada nos limites desse sistema.


SAIBA QUE...
O mais conhecido dos cometas é , sem dúvida o Halley, que em períodos regulares de 76 anos passa próximo ao Sol e a  Terra. Foi visto pela última vez em 1986, devendo voltar a ser visto em 2062.

OS ASTERÓIDES OU PLANETÓIDES

São pequenos astros situados, em sua grande maioria, entre as órbitas de Marte e Júpiter, onde formam um verdadeiro cinturão de asteróides. Já foram catalogados cerca de 4000 asteróides e constatada a existência de mais 15000 desses corpos celestes, sendo muito provável que exista um número bem maior.
A origem dos asteróides ainda é discutível. Uma hipótese é que eles sejam restos de material da época de formação do sistema solar, que não chegou a se agregar para formar um outro planeta, O maior dos asteróides é Ceres, com um diâmetro aproximado de 1000Km.
Em seus movimentos orbitais alguns desses corpos podem se aproximar da Terra, como é o caso do asteróide Eros, que chega a passar a uma distância de “apenas “ 20 milhões de km.
Os asteróides, em sua grande maioria, são constituídos de rochas, havendo um pequeno número de constituição metálica. A Terra já sofreu choques de asteróides, como o que deve ter ocorrido no final do período cretáceo (Era mesozóica) e que pode ter provocado o desaparecimento dos dinossauros. Em 1908 um asteróide caiu sobre a Sibéria, na Rússia destruindo centenas de quilômetros quadrados de floresta; em, 1930 um fato semelhante aconteceu no estado do Amazonas. Novos choques poderão ocorrer no futuro.

OS METEOROS E OS METEORITOS

São corpos sólidos vindos do espaço, de composição rochosa ou metálica e que ao penetrarem na atmosfera terrestre, puxados pela gravidade, incendeiam-se e desintegram-se devido ao atrito com os gases e partículas dessa mesma atmosfera. São também denominados  de “estrelas cadentes” e, quando não se desintegram completamente, chegam até a superfície terrestre, passando a ser chamado de meteoritos.
Os meteoritos com mais de duas toneladas são pouco freqüentes, mas alguns deles já provocaram a formação de enormes crateras, resultantes do grande impacto com a superfície da Terra. Um dos maiores e mais conhecidos encontra-se no deserto do Arizona, nos Estados Unidos, apresentando um diâmetro  em torno de 1300 metros e uma profundidade de aproximadamente 200 metros; sua idade é calculada em cerca de 25000 anos. Observe-o na foto abaixo.



Saiba que....

O maior meteoro conhecido que caiu em território brasileiro, recebeu o nome de Bendegó, por ter caído na cidade do mesmo nome, no interior da Bahia, em 1784. Sua massa era de aproximadamente 6 toneladas e parte dele encontra-se exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Acredita-se que a origem desses corpos esteja relacionada ao choque  do asteróide ou a grande quantidade de partículas sólidas que os cometas deixam no espaço.
CURIOSIDADES: A Terra em sua viagem pelo espaço atravessa regiões que contém pedaços ou fragmentos de cometas:  quando isso acontece, esses pedaços ou fragmentos de cometas, são atraídos pela gravidade do nosso planeta, propiciando um dos mais belos fenômenos cósmicos:  a chuva de meteoros ou de estrelas cadentes.

OS SATÉLITES

São astros iluminados que giram em torno dos planetas. Atualmente já são conhecidos mais de 60 satélites no sistema planetário do Sol. A Terra, no entanto, possui apenas um satélite natural: a Lua.

A LUA : O Nosso satélite Natural

Além de ser o único satélite natural da Terra, a Lua é também o corpo celeste mais próximo de nós. Sua distância média é de 384 000 km, atingindo máxima distância no apogeu (cerca de 405 000 km) e menor distância no perigeu ( em torno de 363 000 km), apresentando, portanto, uma órbita eliptica, com inclinação de até 5º em relação ao plano da órbita terrestre. Seu volume é de 49 vezes  menor do que o volume da Terra  e sua massa é cerca de 81 vezes menor do que a massa de nosso planeta.


MOVIMENTOS DA LUA

Rotação: realizado em torno de si mesmo, com um tempo aproximado de 27 dias, 7 horas e 43 minutos.
Translação: este movimento é comumente denominado de revolução, sendo realizado em torno da Terra e apresentando exatamente  o mesmo tempo da rotação (rotação capturada). É por isso que a Lua nos mostra sempre um mesmo lado.

ORIGEM DA LUA

Ainda  não se sabe ao certo qual a verdadeira origem da Lua. Existem algumas teorias que tentam explicar sua origem, mas nenhuma delas ainda totalmente comprovada. As principais são:
Teoria da Colisão: segundo a qual um grande corpo celeste chocou-se contra a Terra no início de sua formação. Com essa colisão, uma grande quantidade de matéria teria sido lançada em sua órbita, condensando-se dando origem a Lua.
Teoria da Captura: por essa teoria, a lua  teria surgido em outra região do sistema solar, tendo sido capturada pela força de gravidade da Terra ao passar próximo a ela.
Teoria da Fissão: segundo a qual no processo de formação da Terra, parte de sua matéria teria sido lançada ao espaço, devido a um rápido movimento de rotação: essa matéria teria se condensado com o passar do tempo, originando nosso satélite natural.
Teoria da Agregação: segundo essa teoria, a Lua teria se originando por agregação de matéria existente nas proximidades da Terra, ainda na fase de formação desta e do sistema solar.


OS PLANETAS

São astros iluminados que recebem luz e calor do Sol  e que gravitam em torno do mesmo, seguindo órbitas elípticas, nas quais um dos focos é por ele ocupado (1º lei de Kepler). Atualmente são conhecidos nove planetas no sistema solar, e pela ordem de afastamento do Sol, eles se alinham na seguinte sucessão: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

MERCÚRIO

É  o planeta mais próximo do Sol, (58 milhões de Km, em média) atmosfera muito rarefeita, constituída sobretudo de hidrogênio e hélio. Sua translação dura 88 dias, enquanto a rotação ocorre em 59 dias. Mercúrio não possui satélites.


VÊNUS

Segundo planeta em ordem de afastamento do sol,  sua distância média é de 108 milhões de Km. Possui uma atmosfera bastante densa, constituída sobretudo de gás carbônico. Leva sua rotação é completada em 243 dias, em sentido retrógrado, ou seja, de leste para oeste, portanto, ao contrário de todos os demais planetas. Apresenta brilho intenso, pois reflete bem a luz solar, sendo conhecido como estrela d’alva, vespertina ou matutina, pois é visível tanto ao anoitecer quando ao amanhecer. É o planeta mais próximo da Terra e a exemplo de Mercúrio, também não possui satélites.

TERRA

Com uma distância média de 149, 5 milhões de Km,  é o terceiro planeta em ordem de afastamento do Sol.  Por causa dessa distância, devido à sua massa e às condições de origem, é que na Terra foram criadas condições especiais de temperatura, água líquida e quantidades adequadas de nitrogênio e oxigênio em sua atmosfera, tornando possível o desenvolvimento da vida, em particular da espécie humana.


MARTE

É o quarto planeta em ordem de afastamento do Sol, com uma distância média de 227 milhões de Km. Completa sua translação em 687 dias, e sua rotação em 24, 5 horas ( quase igual a da Terra).
Sua coloração avermelhada é resultante das imensas áreas de solos áridos,  ricos em minério de ferro, assemelhando-se a grandes desertos. Sua atmosfera é pouco densa, predominando o gás carbônico. Marte possui dois satélites: Deimos e Fobus.


JÚPITER

É o maior planeta do sistema solar, estando a uma distância média de 779 milhões de km em relação ao Sol. É totalmente coberto por uma densa camada de gases, que formam extensas nuvens com centenas de quilômetros de espessura, predominando o hidrogênio e o hélio.
Realiza sua rotação em aproximadamente 9 horas e 50 minutos, mas completa sua translação em torno do Sol em quase  12 anos terrestres. Já foram identificados 17 satélites de Júpiter.





SATURNO

Conhecido como o Planeta dos anéis. Saturno dista do Sol cerca de 1 bilhão e 425 milhões de Km. Sua rotação é completada em 10 horas e 30 minutos e em sua translação ele gasta quase 30 anos.
Seus inúmeros anéis são formados por partículas de rocha e gelo de variados tamanhos. Já são conhecidos 17 satélites, mas estima-se que possa haver mais.


URANO

Com uma distância média de 2 bilhões e 872 milhões de Km em relação ao Sol, Urano realiza sua rotação em 17 horas e 14 minutos aproximadamente. Para completar sua translação ele gasta cerca de 84 anos.
A exemplo de Saturno, também possui um sistema de anéis, constituídos de rocha e gelo. Além de hidrogênio e hélio, sua atmosfera mais externa apresenta também uma grande quantidade de gás metano, o que lhe dá uma coloração azul-esverdeada. Atualmente já foram identificadas 21 satélites de Urano.


NETUNO

Foi o primeiro planeta a ser descoberto por meio de cálculos matemáticos,  em 1820 quando se constatou que a órbita de Urano sofria perturbações e que as mesmas eram causadas por um planeta além dele. No entanto, Netuno somente foi localizado por telescópio em 1846.
Sua rotação se completa em 15 horas e 40 minutos, enquanto a sua translação em torno do Sol é realizada em 165 anos, a uma distância média de 4 bilhões e 500 milhões de Km. Netuno possui 8 satélites, e a exemplo de Urano apresenta uma cor azul-esverdeada, devido a presença de metano em sua atmosfera exterior. Também possui um fino sistema de anéis, formado de poeira e gelo.

A ORIGEM DOS PLANETAS

De acordo com as teorias mais modernas, os planetas do sistema solar, inclusive a Terra, formaram-se a partir de uma massa de gases e poeira cósmica que constituía uma espécie de anel em torno do Sol, o qual teria sido um dos primeiros núcleos de condensação dessa matéria cósmica. Nesse disco de poeira, as partículas de matéria, chocando-se uma contra as outras, formaram corpúsculos maiores, que, por força de suas gravidades passara a atrair um número cada vez maior de outras partículas, até formar os planetas primitivos, há cerca de 5 bilhões de anos.

Nesse período de bombardeio intenso das partículas, a temperatura da Terra elevou-se extraordinariamente, em conseqüência da própria energia liberada pelos impactos. Posteriormente, no entanto, sua superfície foi passando por um processo de resfriamento.
Isso explicaria a existência, ainda hoje, de material em estado de fusão ( o magma) em seu interior.
Essa teoria ficou conhecida como teoria da Acreção.
Big Bang

Teoria mais aceita sobre a origem do Universo, é enunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado norte-americano George Gamow (1904-1968). Segundo ela, o Universo teria nascido de uma enorme explosão (Big Bang), entre 8 bilhões e 20 bilhões de anos atrás. Até então, o Universo concentrava-se todo em um único ponto, com altíssimas temperaturas e densidade energética. Esse ponto explode – é o instante zero – e começa sua expansão, que continua até hoje.

Teoria da acreção

A formação de todos os corpos naturais que giram em torno do sol deu-se por um processo de aglomeração de partículas. Ao se chocar, duas ou mais partículas aderiram-se umas as outras, formando corpúsculos maiores denominados de coágulos.  Com o tempo, os coágulos vão crescendo e se transformando em núcleos de atração.
Os núcleos de atração são grandes blocos rochosos que recebem o nome de planetésimos que são por sua vez os tijolos para a formação dos planetas.

Formação de Protoplanetas

Os Planetésimos com o tempo vão aumentando gradativamente por acreção de pequenas partículas, formando os protoplanetas. Grandes núcleos de atração vão recolhendo todas as partículas de sua órbita ao redor do sol primitivo a cerca de 250 bilhões de anos até se transformarem nos planetas que conhecemos hoje..

Movimentos da terra





Rotação: movimento em torno de seu próprio eixo. Oeste para Leste. Duração de 23 h   56 min   4 s. Variações: Desaceleração por causa das marés = 0,00164 s por século; Variações irregulares devido à ação das massas de ar, do núcleo e do manto = 0,60 s  a  0,37 s  por ano.  Consequências: Dias e noites, Pontos cardeais, Achatamento da Terra, Movimento aparente do céu, Direção dos ventos e das correntes marinhas.



Revolução (comumente chamado de translação): Em torno do Sol = 365 dias 5 h 48 min 50 s. Eixo inclinado 23°27'. Periélio em 2 de janeiro = 147 milhões de km. Afélio em 5 de julho =  152 milhões de km. Consequências: Distribuição desigual de calor e luz nos hemisférios, Estações do ano, Movimento aparente do Sol entre os 2 trópicos, Diferente duração dos dias e noites, Deslocamento anual do Sol na linha do horizonte, Sol da Meia-Noite a partir de 66° de latitude.
 
  1. Precessão dos equinócios: giro retrógrado (Leste para Oeste) do eixo da Terra. Dura 25.750 anos  ( 1 grau em 71,5 anos ou 50 segundos em 1 ano). Conseqüências: A única coisa que muda é a visão do conjunto de estrelas do céu durante a noite em diferentes épocas do ano. Exemplo: atualmente Órion é uma constelação característica do céu do nosso verão, enquanto que Escorpião é característica do inverno. Mas daqui a 13 mil anos será o inverso. Variação da Ascensão Reta e da Declinação das estrelas.
  2. Nutação: parecido com a precessão dos equinócios, só que em escala bem menor, fazendo o eixo da Terra descrever uma pequena elipse em cerca de 18 anos e 7 meses.
  3. Deslocamento do Periélio: é o deslocamento do eixo que marca a posição de mínima distância entre a Terra e o Sol.
  4. Obliqüidade da ecliptica: variação do ângulo formado entre o Plano da órbita da Terra (Plano da Ecliptica) e o Plano do Equador. Esta variação vai de 22 graus até 24 graus e 30 minutos e leva mais ou menos 42 mil anos. Atualmente, a inclinação diminui 47" por século. Há 7.660 anos atrás a inclinação era de 24° 30'. Daqui a 11.490 anos a inclinação será de 22°. Esta variação é causada pela ação perturbadora do Sol e da Lua.
  5. Variação da Excentricidade da órbita: trata-se da variação da forma da órbita da Terra em volta do Sol, ora mais circular e ora mais eliptica. Duração = 92 mil anos. Variação do Afélio: 150 milhões km a 157 milhões km. Variação do Periélio: 143 milhões km a 149 milhões km. Há evidências de que a excentricidade está diminuindo. Pode ser o movimento responsável pelas grandes glaciações.
  6. Perturbações planetárias: movimentos irregulares e pouco previsíveis que podem ser provocados pela força gravitacional de outros planetas, principalmente Vênus e Júpiter.
  7. Movimento do Centro de Massa Terra-Lua: trata-se do giro que faz o centro de massa do sistema Terra-Lua em torno do Sol.
  8. Movimento em torno do Centro de Massa do sistema solar: movimento de revolução ou translação que a Terra faz em torno do centro de massa do sistema solar (centro de massa que existe entre o Sol e todos os seus planetas).
  9. Movimento de marés: trata-se da contração e descontração do globo terrestre em razão da força gravitacional da Lua e do Sol.
  10. Rotação junto com a galáxia: a Via-Láctea gira em torno de seu centro, fazendo uma volta completa em torno de 250 milhões de anos. Assim, o Sol e todos os planetas (inclusive a Terra) giram também em volta do centro da galáxia.
  11. Revolução junto com a galáxia: como todo o universo está em expansão, nossa galáxia também viaja no espaço. Assim, a Terra e todos os demais planetas, inclusive Lua e Sol, estão se deslocando junto com a Via-Láctea.

Fonte: Organizado por Paulo A. Duarte, professor de Astronomia 
 do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina

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